A leucemia felina, conhecida também com o FeLV, é uma doença exclusiva de gatos. Ela é causada por um retrovírus e a contaminação pode acontecer por meio da saliva, quando eles se mordem e se lambem, ou por compartilharem caixas de areia, potes de água e comida. As fêmeas grávidas podem passar o vírus para os filhotes via placenta ou amamentação. Descoberto há 52 anos, o FeLV é atualmente considerado a causa de morte por doença infecciosa mais comum em gatos, ao causar imunossupressão, que deixa o animal indefeso contra qualquer outra enfermidade.
É importante dizer que um gatinho com FeLV positivo pode viver muito bem, desde que receba os mesmos cuidados como qualquer felino: ter uma ração de boa qualidade e água. O comportamento do mesmo deve ser observado sempre. Qualquer mudança pode ser sinal de problemas e isso vale para todos os animais. Outro item muito importante é a frequência das visitas ao veterinário. Aliás, sempre que tiver qualquer dúvida, o médico especializado em animais – e é possível encontrar até mesmo aqueles que trabalham exclusivamente com gatos – são as pessoas mais indicadas para dar qualquer diagnóstico. Por ser uma doença felina não é transmissível para humanos ou cães.
Para que você deixe o preconceito de lado e dê um final feliz a um gatinho positivo para FeLV, levantamos alguns dados que foram observados pelos representantes da Adote Um Gatinho em nosso convívio diário com eles:
– Como já comentamos, as fêmeas grávidas podem passar o vírus para os filhotes, mas pode acontecer de metade de uma ninhada ser positiva e metade negativa ou até mesmo todos serem negativos. E também há casos da mãe ser negativa e os filhotes positivos. Não existem estudos que apontam com certeza como isso funciona.
– Para saber se o seu gatinho é positivo para FeLV, ele deve fazer um teste com coleta de sangue. Se o teste der positivo, é importante refazer após 30 dias. Os gatos podem criar anticorpos e o exame pode ter sido feito logo após o contato com o outro gato infectado. Trinta dias são suficientes para saber se o gato criou anticorpos ou não, ou seja, se é mesmo positivo ou negativou. Se você não quiser esperar os 30 dias, pode ser feito um exame chamado PCR, que analisa o DNA do gato. Esse exame dá a garantia de resultado em 48 horas.
– Se o felino manifesta a doença (geralmente por anemia, tumores, linfomas, etc.) é preciso um supercontrole para dar sobrevida com qualidade ao animal.
– Você pode ter um gato positivo para FeLV convivendo com um negativo, desde que o negativo, antes do contato, seja vacinado com a quíntupla felina (duas doses com intervalo de 15 dias após a primeira aplicação).
– Cada animal reage de uma forma diferente e é difícil prever quais problemas o gatinho pode vir a ter se for acometido pela leucemia felina. Por isso, é muito importante o acompanhamento de um veterinário.
– Existem gatos que eliminam a FeLV sozinhos, ou como se costuma falar, negativam. Existem diversos casos assim em entidades e organizações que recebem e cuidam de felinos.